quinta-feira, 7 de junho de 2012

Fecha os olhos e faz oó!

A minha filha com 2 anos era um problema para adormecer, até há 3 dias atrás, só adormecia comigo ao lado e eu tinha que fingir que dormia também e este processo nunca demorava menos do que 30 minutos, chegando às vezes a levar uma hora... a não ser que ela estivesse a cair de cansaço e fosse tarde, aí era mais simples! Por vezes dava por mim a adormecer e acordar 10 vezes e ela ainda de olhos abertos.

E para adormecer tinha que ser na nossa cama, da qual eu depois saia e vinha para a sala e depois de já estar a dormir profundamente, eu ou o pai, pegava-mos nela ao colo e então ia para a cama no seu quarto, mas isto durava pouco, porque eram raras as noites em que ela ficava a noite toda na sua cama, uns dias por volta das 2h outros por volta das 4h da manhã, ouvia sempre um: mamã! e como me levantava cedo para trabalhar desistia e trazia-a para a nossa cama, até porque quando chegava ao quarto dela, já ela estava com a almofada debaixo do braço, sentada à minha espera.

A culpa é inteiramente minha!

Todos os livros que se lêem na primeira gravidez mencionam que a criança tem que ir para o seu quarto, ainda no berço e por volta dos 8 meses, e assim foi... ela nasceu em Fevereiro 2010 e achamos que em Janeiro de 2011 com 10 meses seria uma boa altura. Mas é complicado para quem trabalha bastante e tem uns horários chatos e está cansado, cumprir o que nos propomos fazer e acabamos por fazer o que é mais fácil, dormir connosco! Até porque ela tinha muitos terrores nocturnos e era mais fácil te-la deitada ao meu lado do que me levantar 100 vezes numa noite . Foi um fracasso!

Mais tarde, acho que no verão passado, resolvemos comprar uma cama linda de transição, andámos a escolher e por todos os argumentos escolhemos a Imaginarium que tem umas camas lindíssimas para os miúdos. E não queríamos já uma cama grande, queríamos algo pouco maior que o berço para ela gostar da sua pequena caminha e achamos que esta era a opção adequada entre o berço e a cama grande. Tentamos novamente, mas como ela estava constantemente a cair da cama e no berço já não queria estar, assim ficou Tudo igual.

Como estou em casa de licença e tenho mais tempo e paciência, resolvi que isto tinha que mudar, não podia continuar todos os dias a perder uma hora do meu tempo sem fazer nada (que podia aproveitar para relaxar, ver um filme ou simplesmente estar no computador).

Sou contra as luzes de presença, até porque porque conheço alguns adolescentes e até adultos que nunca se desvincularam da luz durante a noite e eu tinha quando era pequena, um bebé que parecia um anjo de joelhos numa almofada e era de um material tipo borracha que eu podia abraçar, que se ligava à tomada e por dentro tinha uma lâmpada, um dia entrou em curto circuito enquanto eu tentava adormecer e foi remédio santo, nunca mais quis nada do género.

Começámos então a etapa de deita-la na caminha dela, sabendo que não ia ser fácil!

Li alguns artigos, ouvi o Dr. Quintino Aires a falar sobre o assunto, encontrei uns blogs com dicas e erros que se cometem e resolvi começar.

Em todas as opiniões era comum que se devia criar uma rotina antes de dormir e assim foi.

Ela já sabe que depois de vermos os Simpsons que dão na Fox à noite é hora de ir para a cama, então vou aquecer o leite, ela diz adeus ao pai, subimos as escadas, em tom de brincadeira, ela lava os dentes, lava as mãos, veste o pijama, deita-se na cama, enquanto bebe o leite eu leio uma história e depois eu saio, encostando a porta do quarto.

Nos primeiros dias, não deixava a luz acesa do quarto, deixando apenas a luz das escadas e como a porta estava encostada sempre passava um pouco de luz e o berreiro foi grande e prolongou-se. 

Na segunda noite em vez da luz das escadas, acendeu-se uma luz no quarto, mas o choro continuou... desisti! 

Fui então comprar uma luz, mas não queria nada que se ligasse à tomada e vi que havia coisas muito giras, que reproduzem para o tecto, bonecos, estrelas, com som, sem som, todas as marcas infantis têm luzes dessas, optei por comprar um da Fisher-price muito gira e nessa noite, depois da rotina e antes de sair do quarto liguei a luz e vim-me embora, ainda choramingou, mas menos. 

No outro dia liguei a luz com música e já não ouvi um único choro, na sala o meu marido até me perguntou se era a nossa filha que eu tinha deitado na cama. e esta noite também não chorou. Gosta muito dos bonecos que são projectados no tecto e da musica.

Conclusão, custa muito ouvir os nossos filhos chorar e gritar e não ir ter com eles, e nem sempre foi fácil para mim ou para o pai, mas tínhamos que resistir e não ir lá, senão nunca mais. A noite passada dormiu a noite toda, esta noite chorou 2 vezes eu fui lá liguei a luz, dei-lhe um beijinho e vim-me embora.

A verdade é que depois de todas estas técnicas, ela voltou a chorar e tive que colocar a cama dela também no nosso quarto e agora dormimos lá os 4, cada um na sua cama. 

A pediatra disse-me para passa-la para o quarto dela, só quando o irmão estivesse pronto a ir também (assim que estabilizar os sonos e os leites nocturnos).

Com o bebé também vou ter que fazer diferente e começar mais cedo.

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